Leônia Maria Inácio – Brasília /
DF
PEQUENO ESTUDO
Os globos oculares estão alojados dentro
de cavidades ósseas denominadas órbitas, compostas de partes dos ossos frontal,
maxilar, zigomático, esfenóide, etmóide, lacrimal e
palatino. Ao globo ocular encontram-se associadas estruturas acessórias:
pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva,músculos e aparelho
lacrimal.
Cada globo ocular compõe-se de três
túnicas e de quatro meios transparentes:
Túnicas:
1- Túnica fibrosa
externa: esclerótica (branco do olho). Túnica resistente de
tecido fibroso e elástico que envolve externamente o olho (globo ocular) A maior
parte da esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão inseridos os
músculos extra-oculares que movem os globos oculares, dirigindo-os a seu
objetivo visual. A parte anterior da esclerótica chama-se córnea. É transparente
e atua como uma lente convergente.
2- Túnica
intermédia vascular pigmentada: úvea. Compreende a coróide, o corpo ciliar e a íris. A
coróide está situada abaixo da esclerótica e é intensamente pigmentada. Esses
pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. Acha-se
intensamente vascularizada e tem a função de nutrir a retina.
Possui uma estrutura muscular de cor
variável – a íris, a qual é dotada de um orifício central cujo diâmetro varia, de acordo com a iluminação do ambiente – a
pupila.
A coróide une-se na parte anterior do
olho ao corpo ciliar, estrutura formada por musculatura lisa e que envolve o
cristalino, modificando sua forma.
Na penumbra
(acima) a pupila se dilata; na claridade (abaixo), ela se
contrai.
3-
Túnica interna
nervosa: retina. É a membrana mais interna e está
debaixo da coróide. É composta por várias camadas celulares, designadas de
acordo com sua relação ao centro do globo ocular. A camada mais interna,
denominada camada de células ganglionares, contém os corpos celulares das
células ganglionares, única fonte de sinais de saída da retina, que projeta
axônios através do nervo óptico. Na retina encontram-se dois tipos de células
fotossensíveis: os cones e os bastonetes. Quando excitados pela energia
luminosa, estimulam as células nervosas adjacentes, gerando um impulso nervoso
que se propaga pelo nervo óptico.
A imagem
fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. Há três tipos de
cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com
luz azul. São os cones as células capazes de distinguir cores.
Os bastonetes
não têm poder de resolução visual tão bom, mas são mais sensíveis à luz que os
cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender
exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra.
Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina – produzida a
partir da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira
noturna e à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e
espessa, podendo levar à cegueira irreversível).
Há duas regiões
especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e o ponto cego. A
fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto
focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da
retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução. A fóvea
contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar
pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade
visual.
A saúde de nossos
olhos possibilita uma vida em equilíbrio orgânico em harmonia com as demais
funções dos órgãos do corpo.
Quando a força
vital do organismo enfraquece e este entra em desequilíbrio,
aparecem as moléstias, que geram um grande desconforto ao ser
humano.
Estudando o
grande homeopata: “DR NILO CAIRO”, em seu livro “GUIA DE MEDICINA HOMEOPÁTICA”
podemos constatar o seu criterioso estudo feito e detalhado dos sintomas e
medicamentos mais indicados no trato de diferentes doenças dos
olhos.
No sentido
de facilitar a consulta à matéria
médica indicada em seu livro, elaborei uma relação, que tem por
objetivo o ordenamento dos medicamentos homeopáticos mais próprios para o
tratamento de moléstias gerais e especificas que afetam o Sistema Visual dos
seres vivos. Trata-se de uma relação que mostra os medicamentos mais indicados
para cada tipo de doença, facilitando a visualização, para posteriores
consultas.
ORDEM
DA MATÉRIA MÉDICA MAIS INDICADA PARA O TRATAMENTO
DE
MOLÉSTIAS DOS OLHOS – DE ACORDO COM O DR. NILO
CAIRO.
ORDEM
DE INDICAÇÕES – MATÉRIA MÉDICA E
DOENÇAS
1º
CALC –
C Entropion, Terçol, Dacrioadenite,
Dacriocistite, Estreitamento lacrimal, Conjuntivite Flictenular, Queratite, Opacidade
da córnea;
RHUS
TOX Ptose,
Terçol, Celulite Orbitária, Conjuntivite Flictenular,
Quemose, Coroidite, Irite,
Catarata, Cicloplegia, Diplogia;
2º
GRAPHITES
Blefarospasmo, Entropion, Quisto,
Triquíase, Dacriocistite,
Conjuntivite Flictenular, Queratite;
3º
HEPAR
SULPHUR
Blefarospasmo, Terçol,
Celulite Orbitária, Conjuntivite Flictenular,
Conjuntivite Purulenta, Tracoma, Queratite, Hipopion, Coroidite, Irite;
MERCURIUS Blefarospasmo, Dacrioadenite,
Celulite Orbitária, Conjuntivite Catarral, Conjuntivite Purulenta, Quemose, Queratite, Opacidade da
córnea, Coroidite, Retinite,
Irite;
4º
GELSEMIUM Astenopia, Lagoftalmo, Coroidite, Deslocamento de Retina, Irite, Glaucoma, Cicloplegia, Diplogia,
Estrabismo;
KALI
CARB Ambliopia, Astenopia, Ptose,
Quisto, Dacrioadenite, Conjuntivite Flictenular, Conjuntivite Purulenta, Tracoma, Queratite, Coroidite, Retinite, Diplogia;
PULSATILLA Terçol,
Dacriocistite, Estreitamento lacrimal, Tracoma, Retinite, Irite;
5º
ACONITUM Dacrioadenite, Conjuntivite Catarral, Conjuntivite
Purulenta, Tracoma, Diplogia;
BELLADONA Hemeralopia,
Entropion, Dacrioadenite,
Conjuntivite Catarral, Tracoma, Retinite, Irite,
Estrabismo;
PHISOSTIGMA Astigmatismo,
Blefarospasmo, Entropion,
Lagoftalmo, Glaucoma, Espasmo de Acomodação,
Miopia;
6º
APIS
MELL Entropion, Quisto, Queratite,
Estafiloma, Deslocamento de Retina;
ARSENICUM Conjuntivite
Catarral, Quemose, Queratite;
NATRUM
MUR Astenopia, Estreitamento lacrimal, Diplogia, Miopia;
SÉPIA
Blefarospasmo, Astenopia,
Conjuntivite Catarral, Conjuntivite Purulenta, Tracoma, Catarata;
SILICEA Dacrioadenite, Dacriocistite,
Queratite, Opacidade da córnea, Hipopion, Coroidite, Irite,
Catarata, Celulite Orbitária;
ARNICA
MONT Hemianopsia, Irite, Catarata, Cicloplegia, Diplogia;
SULPHUR Blefarospasmo, Conjuntivite Catarral, Conjuntivite Flictenular, Pterígio, Queratite;
7º
AGARICUS
MUSC
Atrofia Óptica, Blefarospasmo, Entropion, Retinite, Nistagmo;
BARYTA
CARB Dacrioadenite;
CAUSTICUM
Lagoftalmo, Ptose, Opacidade
da córnea, Catarata, Cicloplegia, Diplogia;
AURUM
Hemianopsia, Tracoma, Queratite,
Deslocamento da Retina, Retinite, Irite, Cicloplegia, Diplogia;
BRYONI
ALBA Coroidite, Irite, Glaucoma;
NUX
VOMICA
Ambliopia, Atrofia Óptica,
Hemeralopia, Retinite, Diplogia;
LYCOPODIUM Hemeralopia,
Terçol;
NITRIC
ACID Conjuntivite
Purulenta, Opacidade da córnea;
PETROLEUM
Dacriocistite, Estreitamento lacrimal;
PHOSPHORUS Ambliopia, Atrofia Óptica,
Hemeralopia, Coroidite, Retinite, Glaucoma, Diplogia;
PHYTOLACCA Dacrioadenite, Celulite Orbitária;
EUPHRASIA
Conjuntivite
Catarral, Conjuntivite Filctenular,Tracoma,
Opacidade da córnea, Estafiloma, Irite, Catarata;
8º
ALUMINA
Conjuntivite Catarral, Estrabismo;
CHINA
OFF
Catarata;
ARGENTUM
NIT Conjuntivite
Purulenta, Tracoma, Diplogia;
HYOSCYAMUS Blefarospasmo, Estrabismo, Nistagmo;
FERRUM
Conjuntivite
Catarral;
LILIUM
TIGRI Astigmatismo,
Presbiopia;
IGNATIA
AMARA
Blefarospasmo, Nistagmo;
THUYA
OCCID Tracoma;
CUPRUM
Blefarospasmo, Astenopia, Diplogia;
CONIUM
Presbiopia,
Diplogia, Queratite,
Catarata.
COMPILAÇÃO DOS ESTUDOS DO DR. NILO CAIRO. VOL I,II,III.
NOTA - Já para a CATARATA - propriamente dita, Nili Cairo refere-se a Sépia na 30º ou Secale na 30º como primeira opção em se tratando das mulheres e para os homens ele indica Causticum na 5º. Iodoformium para aquelas cataratas que progridem rapidamente - é usada na ch3 ou na ch5. Euphasia na ch5 não se deixa de lado. Uma dose a cada 12 horas. - pg 720. vol III.
HOMEOPATAS DOS PÉS DESCALÇOS