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MANCINELLA – A REPRESSÃO COMO FORMA DE AUTODESTRUIÇÃO.


MANCINELLA E A SUA PERSONALIDADE HOMEOPÁTICA


(Hippomane mancinella), uma árvore extremamente venenosa que dá frutos parecidos com as maçãs, conhecidas como maçãs da morte. A primeira descrição assusta, entretanto seu maior medo é o de enlouquecer, de perder o controle, enfim, da insanidade. Acredita que poderá ser possuído por espíritos malignos, pelo demônio.



Muito influenciável, esse medo se reflete após sustos, depois de assistir filmes de terror, de conversar sobre o demônios, por formação religiosa rígida demais, na fase da menstruação nas meninas ainda jovens, o medo permeia o escuro, os fantasmas e a sensação de algo muito ruim irá acontecer a qualquer momento.

Essa personalidade não vê vultos, mas ouve ruídos que se parecem com vozes e ele dirá isso, mesmo que extremamente envergonhado. Supersticioso (Arg-n., Con., Rhus-t., Stram), acha que se rezar, Deus afastará os demônios de perto, dele e dos filhos. Sempre acha que algo poderá acontecer de ruim com os seus – nux vom é assim também. (Vijnovsky).



Tem medo da multidão, tem medo de câncer, de qualquer doença mais séria, medo do que pensa, que possa ser repreendido por isso. Essa questão abre a chave para as constantes depressões, a baixa estima, a dependência dos outros e da família. Acaba por fazer com que seu comportamento seja auto destrutivo, sono com pesadelos e acorda sempre aos berros, apavorado e isso se parece muito com Kali-br ou mesmo com Stramonium.

A sexualidade, a repressão, as fantasias perversas e as obsessões fazem com que essa personalidade perceba que essas coisas é que lhe fazem mal – nessa hora a semelhança co Lil-t. é muito grande. (Henring – costumava chamar a atenção para o aumento dessa sexualidade especialmente na menopausa e na puberdade). Ela não é histérica, não é abusiva, é recatada e controla o tempo todo seus pensamentos.

Encontramos muito mais relatos para as deficiências femininas e algumas delas são pontuais: a menstruação apenas é corrente quando em movimento, costuma ter dor de cabeça após comer pão, acredita que está presa em uma jaula – que existem arames a prendendo. Não suporta nada apertado no pescoço e sua vontade sexual aumenta muita na menstruação – chegando a ser chamada de perversão sexual.
Costuma ter cólicas ao beber água, é chegada a rinites, sinusites, calorões, erupções vesiculares e afins.
Tem a nítida sensação de que tudo cheira a cebola e a sola dos seus pés pega fogo literalmente. Sente o cheiro e o gosto do sangue na boca.

Tudo nessa medicação/personalidade se restringi a crises em dois períodos específicos:
1. A puberdade, quando tudo aflora, quando os hormônios se manifestam, quando nós mulheres começamos a ter noção do corpo, das sensações, dos prazeres e das descobertas.
2. A menopausa, onde os hormônios começam a declinar, mas o desejo não.

Mais uma personalidade que estabelece a ponte entre a repressão e a satisfação chegando a doença, a depressão e ao constrangimento.
A diferenciação dessa medicação/personalidade deve ser feita devagar, pois muitas se parecem e podem até ajudar no tratamento, mas devem ser observadas com cuidado: Anac, Arg-n, Calc, Cann-i, Hyos, Kali-br, Lach, Lil-t, Merc, Puls, Stram.

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