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GINKGO BILOBA - As mais usadas no mundo.

Ginkgo Biloba (Ginkgo biloba):

Estudos do Dr. Orestes V. Forlenza (Médico Psiquiatra, Mestre e Doutor em Medicina pela FMUSP. Pesquisador do Laboratório de Neurociências - LIM 27), indicam que o extrato de ginkgo biloba feito a partir das folhas podem ser usados para:
Melhorar o fluxo sangüíneo para os tecidos e órgãos;
Combater a danificação de células pelos radicais livres, agindo como antioxidante natural;
Evitar a agregação plaquetária, que está relacionada com o desenvolvimento de problemas cardiovasculares, respiratórios, renais e problemas no sistema nervoso.

Na medicina tradicional chinesa, as folhas de ginkgo biloba são usadas para combater vários problemas de saúde como asma, bronquite, problemas de perda de audição, tuberculose, deficiência circulatória, perda de memória, dor de estômago, problemas de pele, ansiedade entre outros. Nativa da Coréia, China e Japão, a Ginkgo biloba (Gb) é uma árvore que chega a 40 metros de altura e pode viver 4 mil anos, tendo sido considerada por Charles Darwin um "fóssil vivo". Sua longevidade deve-se à grande capacidade de suportar insultos tóxicos e à resistência a infecções. Extratos das folhas de Gb encontram-se na farmacopéia chinesa antiga e atual para o tratamento de disfunções cardiopulmonares, bem como para promover a longevidade. Na Europa (particularmente França e Alemanha) e nos Estados Unidos, os extratos de Gb figuram entre os produtos botânicos mais comercializados, embora nem sempre sob a fiscalização de agências reguladoras. As indicações mais comuns são o tratamento e a prevenção das condições médicas relacionadas ao envelhecimento, em particular para melhorar a memória e as funções cognitivas correlatas, bem como no tratamento de labirintopatias (zumbidos e vertigens) e cefaléias. 

Princípios ativos[1]: O extrato de Gb, denominado EGb761, contém porcentagens específicas de glicosídeos de ginkgoflavonas (24%) e terpenóides (6%), entre estes últimos os bilobalídeos e os ginkgolídeos A, B, C, M e J (Kleijnen e Knipschild, 1992). A ação combinada dos diferentes princípios ativos presentes no extrato promove o incremento do suprimento sangüíneo cerebral pela vasodilatação e redução da viscosidade do sangue, além de reduzir a densidade de radicais livres de oxigênio nos tecidos nervosos (Birks et al., 2002). O ginkgolídeo B é antagonista do receptor do fator ativador de plaquetas (PAF), daí suas propriedades de antiagregação plaquetária (Luo, 2001). Além disso, o EGb761 também exerce ações neuroprotetoras e antiapoptóticas, demonstradas por estudos laboratoriais e com animais (veja adiante). Contudo, os benefícios à saúde humana, em particular sobre a cognição, não foram totalmente estabelecidos. 

Neuroproteção[2]: Três efeitos biológicos, consistentemente demonstrados in vitro, sustentam os possíveis benefícios da Gb na fisiopatologia da doença de Alzheimer e outras demências: a prevenção da neurotoxicidade pelo -amilóide, a inibição de vias apoptóticas e a proteção contra danos oxidativos. O EGb761 mostrou-se capaz de inibir a formação e a agregação de -amilóide em células de neuroblastoma geneticamente modificadas, expressando duplamente as mutações APP695 e PS1 (swe/9) (Luo et al., 2002). Os bilobalídeos protegeram neurônios contra o estresse oxidativo e bloquearam mecanismos de apoptose em seus estágios iniciais, atenuando os efeitos da caspase-3, Bax, p53 e c-Myc em células PC12 expostas a estímulos proapoptóticos (Zhou e Zhu, 2000). Além disso, o antagonismo dos bilobalídeos sobre a sinalização do PAF também inibiu cascatas apoptóticas dependentes da ativação da proteinaquinase C, guardando semelhanças com a ação do fator de crescimento neuronal (Luo, 2001). Finalmente, o EGb761 mostrou-se capaz de melhorar a peroxidação lipídica, atenuando a oxidação da glutationa e os danos oxidantes subseqüentes para o DNA mitocondrial (Sastre et al., 2000).


[1] FORLENZA, Orestes V..Ginkgo biloba e memória: mito ou realidade?. Rev. Psiq. Clín. 30 (6): 218-220, 2003.
[2] FORLENZA, Orestes V..Ginkgo biloba e memória: mito ou realidade?. Rev. Psiq. Clín. 30 (6): 218-220, 2003.

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