Calendula. Cardo Mariano (Silybum marianum):
O Cardo Mariano é uma planta medicinal amplamente utilizada na Medicina Tradicional Européia. Em França, as raízes, folhas e frutos são usados no tratamento de prisão de ventre crônica, de várias doenças hepáticas tais como a icterícia, cálculos biliares, hepatite e fígado gordo, como descongestionante do sistema circulatório, no tratamento de hemorróidas e úlceras varicosas e, como anti-alérgico no tratamento da asma e urticária. Em Itália, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de doenças do fígado, devido à sua ação desintoxicante do fígado e também pelas suas propriedades diuréticas e cardiotónicas. Na Alemanha e na Hungria, em Medicina Tradicional, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de cálculos biliares devido à sua ação colagoga, estimulante da circulação entero-hepática e protetora do fígado. Na Grécia o Cardo Mariano é usado no tratamento de varizes, pedras da vesícula e na úlcera duodenal. A Medicina Homeopática também utiliza as tinturas dos frutos do Cardo Mariano no tratamento de doenças do fígado, cálculos biliares, peritonite, pleurite, congestão do útero e varizes.
Propriedades medicinais: A silimarina protege contra as mais severas necroses hepáticas, tais como as provocadas pelo tetracloreto de carbono e contra lesões tóxicas do fígado ocasionadas pelas toxinas de cogumelos venenosos. As substâncias ativas do Cardo Mariano também podem ser usadas curativamente, isto é, depois da ingestão de produtos tóxicos. Uma vez que alguns venenos levam algumas horas a serem absorvidos e a chegar ao fígado, a silimarina pode atrasar a sua assimilação, permitindo ao organismo eliminar as toxinas. Contudo, o efeito curativo é mais fraco que o efeito preventivo. Outro efeito terapêutico é devido à silibina, um componente da silimarina. A silibina estimula várias funções das células hepáticas, tais como a proliferação celular, a síntese protéica, a assimilação do oxigênio, a formação de energia, a reparação das membranas celulares danificadas, etc. A silimarina tem uma forte ação antioxidante, protegendo as células hepáticas contra a peroxidação lipídica. A silimarina estimula a atividade da superoxidodismutase (SOD) e aumenta os níveis de glutatião peroxidase (GSH), os dois principais sistemas enzimáticos envolvidos na neutralização dos perigosos radicais livres do oxigênio. A silimarina tem ainda ação antiinflamatória e antialérgica.
9. Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.):
É uma planta de sabor amargo e adstringente utilizada no tratamento de perturbações da circulação venosa, nas varizes, fissuras anais, edemas e hemorróidas. Emprega-se ainda como vasoconstritor periférico (nas flebites varicosas e hemoptises). A aescina tem a capacidade de reduzir atividade enzimática lisossômica em até 30%, provavelmente por estabilizar o conteúdo de colesterol da membrana dos lisossomas diminuindo assim a liberação de enzimas. A aescina também diminui edemas por reduzir a filtração transcapilar de água e proteínas. Ainda tem atividade suave como diurética. Tem demonstrado também ser um tônico para o sistema venoso, otimizando o processo de retorno do sangue para o coração.
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