Para todos os dias das nossas vidas ...
Para as nossas melhores amigas ... companheiras, comadres e
primas ...
Para aquele pedaço que todas as mulheres carregam dentro de
si, meio mãe, meio irmã e meio pai ...
Para as nossas opções de vida, sejam elas leves e suaves ou
pesadas e densas ...
Porque antes nós tínhamos a impressão de que um dia para
comemorar a mulher, nos dava a conotação de animais raros, frágeis, com um dia
para adular e fazer de conta que o resto do mundo se importava conosco;
Antes achávamos que haveria de chegar o dia em que teríamos
o direito real de sermos lembradas todos os dias do ano.
Esse tempo passou ... esse é o tempo e o dia de celebrarmos
a mulher e nos darmos conta de tudo aquilo que podemos fazer, que fazemos de
fato e tudo o que ainda não nos permitimos fazer, porque no fundo, somos
essencialmente uma maravilha da criação ou um milagre se preferirem assim.
Somos a estrutura que suporta o peso da criação, a haste que sustenta a bandeira
das nações; somos o cuidado do cristal puro e a água que molda os rochedos e
cavernas. Sem romantismo tolo, quebramos padrões e construímos pontes ... basta
olhar para o lado, revirar na memória, piscar os olhos e lá está, a recordação,
o exemplo ou a prova de tudo isso.
8 de março se tornou para nós o dia em que o mundo se curva
em reconhecimento a existência de uma força que marcha suavemente todos os
dias, construindo a nós mesmas, as nossas famílias e as nossas nações.
Por todas as mulheres que hoje passam fome,
São agredidas pelos pais, companheiros e filhos,
Pelas mulheres que se encontram em cárceres privados, por
seqüestro, guerra ou delito,
Pelas que se encontram no campo, nas plantações e nos
trabalhos escravos,
Pelas mulheres que são impedidas de falar, de andar e de
serem mulheres,
As nossas mais sinceras reverencias e o nosso mais profundo
respeito.
As mulheres dos homeopatas dos Pés Descalços