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THUYA OCCIDENTALIS - A filha do meio



THUYA OCCIDENTALIS

A filha do meio

A maior das sicoses

Personalidades Homeopáticas


 Um Bonsai (Thuya) com mais de 85 anos.


Digamos assim, para Hahnemann, esse era o grande remédio da sicose. A sicose foi descrita, estudada e catalogada por ele e é a segunda dentre três estágios. A ela pertence a condição de inibição. A Thuya, o Medorrhinum e Nattrum sulfuricum seriam seus maiores expoentes. A sicose (inibição) é a continuação da psora (excitação) mal resolvida, um estágio mais profundo e intermediário do que será se não for resolvida, o luetismo (disfunção). A deficiência se apresenta, exalta e aparece, aí você suprime e inibe (sicose), o próximo passo é a disfunção, a doença. A Sicose é o irmão do meio e Thuya a sua maior representação.

 


Thuya é a própria inibição em pessoa. Se tivéssemos que defini-la em uma só palavra, minusvalia iria abranger quase a totalidade de suas ações e funções. Com a auto estima no pé, tem certeza absoluta de que se as pessoas que o cercam o conhecessem iriam odiá-lo por isso, afinal ninguém gosta dele e isso é um fato. Não se sente capaz de atrair ninguém. 

 Bom se você está pensando que até aí existem muitas pessoas que se encaixam, você está certo, mais thuya vai além, muito além da minusvalia e da inibição. Quando essas duas estruturas se desdobram, vemos nascer o estado crônico das coisas, aquilo que vem se acumulando e está escondido no fundo. Nesse momento podemos dizer que thuya não sabe bem quem é. Não encontra sua identidade e isso faz sentido, afinal ele não é nada. Procura nos outros uma personalidade, tenta se ajustar a tudo e a todos. Se fulano é bonito, vou imitá-lo, se o outro é capaz de vencer, vou andar como ele, e falar como ele, quem sabe consigo.


Já sei, você pensa em inveja. Descarte. Thuya só faz isso porque se acha pequeno demais para ter alguma coisa, mínimo diante de outras realidades. Incapaz de ser e de ter alguma coisa. Se sente uma coisinha pequena de lado e fisicamente se apresenta assim também. Nessa busca, Thuya perde o contato consigo mesmo, já não sabe se gosta de roupas claras e clássicas ou não, afinal de contas existe uma máquina de fotocopiar dentro dela e ela perdeu as suas digitais.
 
Uma sensação muito interessante e verdadeira na expressão de Thuya é quando ela se refere a nítida certeza de que é feita de vidro, de que pode se quebrar a qualquer momento. Essa é uma das poucas expressões verdadeiras na verbalização dos seus problemas. Essa ilusão é sua marca e sua realidade mais verdadeira. Thuya é frágil.

 Vive um grande amor de frases feitas e comportamentos copiados, no fundo acha que tudo é distante e longe, sabe que é diferente do que copia e acaba solitário e dentro de um grande vazio. Prato cheio para as depressões, onde não se sabe o que está acontecendo, não consegue achar as palavras verdadeiras pra dizer. Se aparta das cópias e se perde no que se é de verdade. Esse é o vazio do qual essa personalidade se refere.
Na tentativa de agradar seus modelos, acaba por mentir e dissimular, esconde o que é feio e exalta o belo mesmo quando ele não acontece. No fundo acham que as pessoas fazem o mesmo em relação a ele. Faz sentido não é? Assim nasce a desconfiança e a lei de compensação, compensar suas inferioridades.

Suas manias se encontram em ser consciencioso com coisas pequenas (assim dá a impressão de que é organizado), idéias fixas (não consegue defendê-las, nem mudá-las – afinal são cópias), fasticioso (não desenvolve as questões, falta envolvimento e sentimento verdadeiro pra isso).

Essa personalidade não sabe a beleza que tem e isso é verdadeiro.

Duas coisas incomodam Thuya e fogem ao controle interno da sua personalidade, digo ao controle desordenado dessa personalidade. Uma delas é a música, claro. A música encontra brechas dentro do ser humano e thuya se curva a ela, chorando e se emocionando, principalmente se tiver um cunho religioso. A música é capaz de atingir aquilo que sua personalidade não define, é profundo e verdadeiro. Thuya tem medo do vento, em todas as suas expressões. O vento não pede passagem, não se preocupa em pedir licença, chega, arrasta, retira a ordem, muda a postura, avança. Chamomilla e Pulsatilla também tem medo do vento, entretanto não se segue a sensação de vazio. 

 Thuya cria barreiras quase intransponíveis. Cria muros.


Fisicamente Thuya explode de forma controlada, escondida, inibida.
Retenção hídrica, aparecimento de verrugas, tumores e condilomas, lesões graves idéias obsessivas, fixas e depressão psíquica obsessiva fazem parte de suas reações.

Quando thuya piora as 5 da tarde (isso é crônico), sabemos que está ligado a água – ao rim – a bexiga, a retenção hídrica, seguida de frio. Thuya é friorento. Muitos dos seus sintomas podem ser aliviados com grande quantidade de expectoração, do tipo coriza e catarros crônicos.



Aliás é comum e notório saber que quando não se sabe e não consegue se identificar com precisão a o estado crônico que não avança e não melhora, dê-se thuya e observa-se. 

A Bulimia e a Anorexia encontram aí uma grande ajuda.
Sua lateralidade é à esquerda e se aplica tanto a dores de cabeça, quando a disfunções nasais. Sobrancelhas que terminam do lado esquerdo de forma irregular, finas. Thuya dorme do lado esquerdo e acorda as 4 da madrugada.
Thuya tem diarréia com café.

Seus sonhos são relacionados a sua fragilidade em sustentar a sua personalidade, sempre sonha que está caindo, não levando tombos, caindo, despencando.
Thuya urina com jato duplo e sua transpiração é oleosa, adocicada e Fétida.

Duas coisas sobre thuya que todos já sabem, mais que podemos enxergar de forma diferenciada:

Sua inibição representada de forma física se encontra na vacinação e nos tumores e condilomas. É comum tomar Thuya na Ch 30 após vacinas. Aqui a personalidade reage melhor a problemas assim. A vacina causa supressão, Thuya resolve. Não permite os efeitos colaterais nocivos por assim dizer. (varíola).

 Agora pense em condilomas escondidos no reto, no estômago, no aparelho reprodutor, útero, ovário. Pequenos tumores, pequenas verrugas – pense em Thuya. As verrugas são sua maior expressão externa e a reação a gonorréia sua maior complicação interna. Por isso mesmo Medorrhinum é complementar de Thuya, junto com Sabina, Silícia, Arsênico e Nattrum sulfuricum fazem sentido nessa caminhada.
Muito se pode falar dessa personalidade na construção de sua estrutura física, pouco se observa o sofrimento silencioso dessa personalidade. Muitas vezes confundida com o estágio psórico, ela custa a ser desenhada devido a sua resistência em se mostrar. Thuya vai literalmente além das suas aparências e quando chega a esse ponto realmente pede socorro.

Não é a toa que a depressão e a bulimia estão ocupando grandes espaços. Thuya se encontra no caminho do meio, é uma personalidade que pede socorro de forma silenciosa e tenta mesmo que de forma atabalhoada e confusa uma saída menos dolorosa para a sua premente sensação de não ser nada.

Dedicado ao Dr. Joãa A., Dr. Lucca e ao Dr. Pedro M - médicos homeopatas, anônimos trabalham em prol de um mundo melhor.

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