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AS PERSONALIDADES HOMEOPÁTICAS DO ÓDIO

O ÓDIO


ódio é um sentimento de profunda antipatia, desgosto, aversão, raiva, rancor profundo, horror, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo.
Tanto quanto o amor, o ódio nasce de representações e desejos conscientes e inconscientes
"Tenho visto demasiado ódio para querer odiar." (Martin Luther King)

Ódio
Substantivo masculino

1.    1.
Aversão intensa ger. motivada por medo, raiva ou injúria sofrida; odiosidade.
2.    2.
p.met. A pessoa ou a coisa odiada.


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Prestem atenção que o ódio é relacionado na sua tradução e ou indicação de significado, em MEDO, palavra chave para a primeira identificação da Homeopatia Clássica.
DO QUE VOCÊ TEM MEDO?
QUAL O SEU MAIOR MEDO?

Mas quando falamos em ódio, falamos de Ancardium, Cicuta e Natrum Muriático, esse último com um toque de rancor e por isso mesmo o elegemos também como ódio coletivo, cólera, ira.

O que também nos chama a atenção, acaba sendo o fato de que odiar alguém, acaba se tornando um vício, uma dependência e algo que agrega muitas outras coisas.
 “A personalidade odiosa, frustrada, distorcida e deformada está fora de sintonia com o Universo. Inveja os que têm paz, são felizes, generosos e alegres. Geralmente critica, condena e difama aqueles que lhe demonstraram generosidade, bondade e compaixão. Assume a seguinte atitude: ‘Por que ele deve ser tão feliz se eu sou tão desgraçado?’ Deseja atrair a todos para o seu próprio padrão de vida. O seu infortúnio necessita companhia.” Joseph Murphy (1898-1981).

Mas também podemos ver o ódio como comparativo do uso e da dependência química:
A compulsão para odiar, assim como a compulsão para usar drogas, se caracteriza por umestado de obsessividade e submissão que escraviza a vontade e submete o desejo da pessoa. Em alguns indivíduos, a compulsão para odiar é mais forte que sua vontade de amar, perdoar e até de viver - o ódio é que comanda sua vontade e seu corpo. Fernando Vieira Filho.


Há quem não faça a ligação de primeira, mas o ódio leva uma grande porção de inveja e como sabemos, a inveja dói. http://homeopatiaparamulheres.blogspot.com.br/2013/08/6-edicao-traduzido-por-boericke.html

Sugiro aqui a leitura abaixo:
Homeopatia e psicologia junguiana: condução de um caso com base em série onírica. Homeopathy and Jung psychology: case management based on a dream series


ANÁLISE

Vejamos Anacardium e seus complementares - Lycopodium, Pulsatilla, Platinum.

O Lycopodium vai ajudar a controlar o conflito, a Pulsatilla vai trabalhar na frustação, na sensação de abandono e o Platinum vai mexer com sua vaidade.

Pensemos aqui ... o ódio faz isso, isso tudo, para além de sua própria prerrogativa. Vamos sinalizar o rancor extremo e a mágoa, aquela sensação de sangue nos olhos. Qualquer homeopata sabe quando vê um, sendo que muitas vezes nos faz confundir com outras homeopatias.

Mas, voltando ao assunto, o medo faz essa diferença ainda maior.
Medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.
Eis um exemplo na prática;

Todo indivíduo é dotado de vaidade, como  todo  o   fígado de secreção biliar, mais quando essa vaidade ou essa secreção biliar e excedem, tornam-se estados mórbidos que devem   ser  curados, então o Chelidonium ou a Bryônia podem resolver o problema  da secreção e dominar o fígado como o   Palladium   pode   trazer    a vaidade aos seus justos limites.

*Acanhamento: Anacardium. Or, Ambra e Gelsemium.
*Orgulhoso e arrogante: Platina,
*Vingativo e rancoroso: Chamomilla, Sépia, Nitri acid., Nux Vômica e Cocculus. Aqui acrescentamos Conium a ser observado.
*Perverso: Belladonna e Cocculus.
*Espírito de crueldade, violência e desumanidade: Platina, Stramonium, Veratrum Album, Belladonna, Cantharis, Nitri acid, Anacardium.
*Impertinência: Chamomilla.
*Rabugento: Antimonium Crudum.
*Egoísta e Misantropo: Sulphor, Arsenicum Album, Lycopodium.
*Espírito de contradição: Antimonium Crudum.
*Teimoso: Platina, Calcárea Carbônica, Lycopodium, Silicea, Nitricum AC.
*Desejo de matar as pessoas que ama: Nux Vômica;
*Leviano: Fluoris Acid,
*Tendência suicida ao ver faca ou sangue: Alumina,
*Remorso: Cyclamen,
*Indeciso e irresoluto: Baryta Carbônica, Ignátia, Pulsatilla, Graphites e Croccus,
*Desconfiado: Anacardium or., Apis, Hyosciamus, Lachesis, Mercurius sol.
*Volúvel: Ignátia, Pulsatilla, Nux Moschata,
*Desanimado e triste - Stannum, Iodum, Aurum met.
*Riso descontrolado – Nux Moschata, Cannabis Indica, Hyosciamus.
*Fala excessiva: Lachesis, Agaricus, Stramonium.
*Covarde: Agnus Castus, Conium.
*Medroso: Aconitum, Scutellaria.
*Aversão a água e a falta de asseio: Ammonium carbo e Sulphor.
*Desmazelado e porco: Capsicum, Sulphor, Tarântula Hispânica.
*Desespero: Natrum Muriáticum.
*Carola e Beato: Stramonium.

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Natrum Muriaticum se pontua da mesma forma: mágoa e depressão.
Já a Cicuta Virosa, apresenta a sua grande aversão aos homens. Mas também podemos atribuir a Belladonna, a Conium e a Mercurio uma boa ponta de ódio e talvez vamos conseguir entender um pouco, apenas um pouco a onda de ódio e de fascismo que assola boa parte do mundo.

O que vem depois a isso é uma embriaguez, um torpor e um vazio. Coisas que acabam sendo pontuadas e repetidas no pessoal, no grupo familiar ou no coletivo.

A herança comportamental no caso de grupos familiares, pode expressar a onda de violência que crianças muito pequenas, vem repetindo nas redes sociais. Um discurso adulto de ódio. Em contra partida, algumas crianças vem sendo ameaçadas pela cor da roupa ou pela opção política dos pais. Temos também o exemplo dos pais que assustaram por ter de cuidar do enterro da filha assassinada por um grupo nazista e além de tudo, descobrir que ela e o namorado pertenciam a um grupo com a mesma ideologia, entretanto rival. O ódio coletivo, o ódio do mesmo idealismo, resultou na morte do casal. A construção de uma ideologia nem sempre tem traços familiares, mas de convivência com a sociedade em que o indivíduo escolheu para viver.

A voracidade em que um animal defende seu território, sem o raciocínio humano, o qual deveríamos ter serve de exemplo para pensarmos:
O que move essa onda de ódio que vemos pelo mundo afora?
Porque é tão difícil a convivência lógica de sobrevivência?


A ganância e a soberba também entram nessa análise e levam em conta toda a grade homeopática que se segue a esses sentimentos.

Será que o mundo passa por uma crise de valores?

Ou será a famosa crise dos espelhos? Atribuo a outro os defeitos que tenho? Popularmente chamamos de inveja.

Nessa onda pegamos carona com o abusivo tratamento dado as mulheres no nosso Congresso e para além disso, em muitos outros países, um ódio gratuito, direcionado, marcado, pontual.

O olhar que se tem aos imigrantes, fugidos da guerra, encontram um murro de resistência humana.

O ódio jamais será matéria vencida para estudo, jamais será totalmente contido ou resolvido. O feio disso também é o belo, pois a escolha de governantes e chefes de estado, da imprensa e todo local que congrega pessoas, poderá escolher a natureza a seguir. Isso se chama capacidade de decisão, livre arbítrio e por aí vai.
Novamente não adianta culpar ninguém, nem tão pouco jogar a responsabilidade para o outro. Essa pequena parcela que separa a ação da reação, sempre será de cada um de nós e temos a homeopatia para nos ajudar a entender e a viver melhor conosco e com o mundo a nossa volta.



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