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MERCÚRIO VEGETAL



Mercúrio Vegetal
 OU


Na literatura ela pode ser uma árvore ou uma planta que ama água e é uma das prediletas do beija flor. Mas o que se pode dizer é que respeitando as diferenças e as indicações homeopáticas, ela é um pequeno milagre.
 
Na homeopatia ela é o Mururê – uso empírico/Mercúlio Vegetal – é comumente usada em TM até a 5ª diluição. Antigamente era quase um milagre para a Sífilis, o reumatismo e a lepra.

Acredita-se que quando a coisa anda feia, a febre que ela produz na pessoa doente, só acaba quando ela consegue urinar tudo o que realmente precisa. Essa febre coloca a pessoa de cama, dá tremura e deixa bastante fraqueza. Diz o ditado popular.

Um relato

Planta nativa da região amazônica, descrita por Benoit Mure em sua Matéria Médica como uma resina usada para sífilis, sem referência à espécie botânica. Coincide com as descrições do Formulário Chernoviz (10. ed. Rio de Janeiro, 1879) onde se lê: "Morure ou Mercúrio Vegetal. Árvore do Pará que ainda não tem nome científico. Seu leite ou seiva resinosa, que é muito líquido e cor de tijolo é um estimulante energético do sistema muscular e nervoso. Usa-se no Pará contra a sífilis. Martius chamava 'mercúrio vegetal' ao Manacan, seguramente por engano ou mal informado, porquanto é esta substância vegetal que o povo dá aquele nome e não ao Manacan (Dr. Castro do Pará)". Em 1822 o médico português Antonio Correa de Lacerda (1777-1852), que viveu em Belém (PA) e São Luís (MA) entre 1818 e 1852 começou a anotar nos seus diários clínicos os testes que fazia com drogas elaboradas a partir de plantas amazônicas como o Mururé, utilizado para o tratamento de sífilis.



Bibliografia: MARTIUS, Von – Sobre Algumas Drogas Brasileiras – Revista da Flora Medicinal – 1936 – Tradução do farmacêutico Oswaldo Riedel



 Outro relato

Desde que haja impureza no corpo, o doente experimentará violenta excitação, particularmente insuportável formigamento sobre a pele. Em geral são até ocasionadas febricitações que perduram, permanecendo até as substâncias impuras terem sido eliminadas, o que acontece pela urina, transpiração, evacuações e, como já foi mencionado, pelos vômitos quando as doses forem mais elevadas. Os índios do Pará temem, enquanto se submetem a esta cura, de aliás pouca duração, apanhar todo e qualquer resfriado ou excitações, assegurando que, em virtude disto, são as vezes ocasionadas as mais perigosas febres e convulsões. Por causa da importância que atribuem a cura pelo manacan, pode ser comparada a “cura pela fricção”. Do Dr. Corrêa de Lacerda.( Físico do estado do Pará)


Da árvore - é dela que iremos tratar na homeopatia. Certa vez ouvi alguma coisa sofre o floral da mururê de água, mas nunca consegui achar nada de substancioso sobre o assunto.


 Brosimum acutifolium Também conhecida como amapá doce, congona, mururé, murerú, murerú de terra firme, muirapiranga; urupi (Bolívia), quecho, tamamuri. Arbusto muito ramificado, de folhas mais ou menos ovais, flores violáceas ou roxas quando novas, brancas mais tarde. Talvez por isso ela ganha a fama de mudar as coisas difíceis, a cor da morte para a cor da pureza, do liláz ou roxo para a flor branca.


Princípios Ativos: - látex: gordura, cera, goma, açúcar. - casca: tanino, goma, murerina (alcalóide). Da casca usa-se para uso externo no caso de febres.


Propriedades:


Afrodisíaca, 
analgésica, 
antifebril, 
antiinflamatória, 
anti-reumática, 
anti-sifilítica, 
depurativo, 
estimulante do sistema nervoso e muscular.


Por causa desse imenso sucesso de propaganda popular, pode-se encontrar esse medicação em cápsulas, especialmente nas feiras e farmácias populares do Pará.


Indicações:
 

Dor muscular, enfermidades renais e do aparelho reprodutor masculino e feminino, falta de circulação dos membros inferiores, lepra, reumatismo (de origem sifilítica), sífilis.

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