Bromo
Seu
nome quer dizer mau cheiro. Descoberto em 1826 nas águas das salinas, é um
líquido fumegante, vermelho e cáustico, de odor repugnante. Como todos os
halogênios (nome que significa "formadores de sais"), é um elemento
claramente não metálico e altamente ativo por possuir sete elétrons em sua
órbita externa.
Os
halogênios encontram-se na natureza em vários estados físicos: o flúor e o
cloro são gases; o iodo e o astatínio são sólidos; e o bromo é o único
elemento, além do mercúrio, que é líquido à temperatura ambiente. Todos eles
são venenosos, corrosivos e poderosos agentes bactericidas.
O
bromo é usado amplamente sob a forma de brometos de amônio, de potássio e de
sódio em produtos farmacêuticos, no pão (para torná-lo crocante) e em
sedativos; de bromato de potássio em salões de beleza para alisamento a frio;
de brometo de metila como agente de refrigeração, em extintores de incêndio e
desinfetantes; de brometo de xilol e bromoacetofenona nos gases lacrimogêneos;
associado à uréia em hipnóticos, sedativos e tranqüilizantes; e muitas outras
formas, cada uma delas pode provocar, em caso de intoxicação, diferentes
manifestações.
Provoca
dureza e aumento dos gânglios, sensação de uma pedra no estômago, gastrite que
melhora ao comer, rouquidão e tosse semelhante à da coqueluche, com sensação de
frio ao inspirar, asma inspiratória pior em lugares de clima seco, dor nos
testículos, tumores duros nos seios com dores em fisgadas, principalmente do
lado esquerdo, flatos vaginais, cistos ovarianos, insônia, sonambulismo,
terrores noturnos e sono agitado, ataxia cerebral, acne e pústulas nas costas e
face; bócio, apatia e perda de memória, soluço persistente e psoríase.
A
homeopatia utiliza o Bromium em potências diversas como antídoto desse
elemento, mas envenenamentos agudos podem exigir medidas urgentes de
pronto-socorro.
Cádmio
O
cádmio, cujo nome vem do grego kadmia (terra), apresenta-se na natureza
junto como zinco, mas também se combina com o enxofre no brilhante sulfeto de
cádmio, muito popular entre os pintores. Descoberto em 1817 nos minerais
greenockta (CdS) e a esfalerita (ZnS). Os minérios de zinco contêm cerca de 0,2
a 0,3 por cento de cádmio, o que ocorre em porcentagem menor nos minérios de
cobre e chumbo.
O
cádmio é usado em muitas ligas metálicas, algumas delas em joalheria, com
níquel, prata, cobre e ouro; em soldas, com chumbo; em pilhas e reatores
atômicos. Assemelha-se ao zinco em suas características químicas e por isso
participa de algumas metaloproteínas do organismo. A concentração do cádmio no
córtex da glândula supra-renal é superior à de todos os outros órgãos, e talvez
isso eleve a produção de adrenalina e leve a reações intempestivas.
Sua
carência no organismo talvez explique o hábito de fumar, pois a nicotina também
estimula a produção de adrenalina quando falta o cádmio suficiente, o que
permite ao usuário do cigarro enfrentar suas responsabilidades. Indústrias
diversas jogaram 50 mil toneladas de lama contendo cádmio e zinco na baía de Sepetiba,
no Estado do Rio de Janeiro, contaminando toda a flora marinha e exterminando a
indústria pesqueira local.
O
cádmio causa náuseas, vômitos negros e diarréia em pequenas quantidades. A
intoxicação aguda causa dor de cabeça, perfuração do septo nasal, edema
pulmonar agudo, gosto metálico, estado de choque de extrema prostração com
muito frio.
Nas
intoxicações agudas pelo cádmio não é recomendado o EDTA (agente quelante da
medicina ortomolecular), que agrava o quadro crônico, mas o NTA (ácido
nitrilotriacético). Em homeopatia usa-se o Cadmium em diferentes
potências para retirá-lo do organismo.
A
intoxicação crônica ataca os rins, causando perda de proteínas, cálculos renais
e desmineralização óssea. Forma-se um anel amarelo em volta dos dentes das pessoas
intoxicadas, que também perdem o olfato. Surgem pólipos internos no nariz com
cheiro fétido, suor doce que atrai moscas, opacificação da córnea, paralisia
facial.
O
câncer de próstata é outro aspecto negativo provocado pelo cádmio, que também
provoca hipertensão, toxemia gravídica, redução das defesas imunológicas e da
produção de insulina. Algumas crianças com dislexia (dificuldade de
aprendizado) têm 25 vezes mais cádmio do que as crianças normais.
O
cádmio em excesso reduz os níveis do cobre, enxofre, ferro, fósforo, selênio e
zinco no organismo, mas o oposto também ocorre: esses elementos, quando
aumentados, o fazem descer.
Cálcio
Encontrado
nos ossos e nos dentes, o cálcio foi descoberto em 1808; promove a saúde
cardiovascular, alivia a insônia e favorece as características sexuais
masculinas. Sua deficiência causa raquitismo, osteoporose, cáries dentárias,
câncer de cólon e reto e perda de sono. Está presente nas algas marinhas e na
alfafa em grande quantidade, nos queijos suíços, provolone e parmesão, assim
como na couve, nabo, melado, lêvedo, salsa, leite de cabra, tofu, figos secos,
creme de leite, iogurte, beterraba e etc.
Faz
parte de diversos medicamentos destinados a estimular o apetite e o crescimento
das crianças e a tratar sua deficiência nos idosos, muitas vezes causada pela
elevação do fósforo nessas pessoas. Sua proporção com o magnésio é
aproximadamente 8:1; o desvio dessa proporção representa tendência a
osteoporose e doença periodontal. Mas os cabelos brancos são uma característica
genética e nessas pessoas o cálcio e o magnésio estão diminuídos nos cabelos
cerca de 15 por cento. Essa redução também ocorre nas crianças autistas. As
mulheres também têm menos cálcio nos cabelos, porém mais magnésio.
O
consumo excessivo de remédios ou alimentos que contêm cálcio causa suores
ácidos na cabeça, assaduras, brotoejas, obesidade concentrada no abdome, nas
costas e nos braços, bursite, tártaro dentário e cálculos renais. O excesso de
cálcio também causa ansiedade e medo do futuro.
O
cálcio e o magnésio estão aumentados nos cabelos nos portadores de certas
doenças como câncer, arteriosclerose, hipoglicemia, psoríase na pele,
insuficiência renal, mieloma múltiplo, sarcoidose, hipervitaminose D, longos
períodos de imobilização etc. Esse deslocamento do cálcio dos ossos e dentes
geralmente é produzido pelo excesso de alumínio, arsênico, cádmio, chumbo,
ferro, fósforo, magnésio, manganês ou zinco e provoca fraqueza muscular,
anorexia, dores ósseas e fraturas espontâneas (osteoporose), característica das
pessoas idosas. A falta do boro também causa a perda de cálcio e magnésio.
Recomendam-se
até 1.200 mg diários de cálcio para pessoas carentes. Na homeopatia utiliza-se
o cálcio sob várias formas, seja para colocá-lo no organismo, como a Calcarea
acética, usada para reduzir as dores excruciantes do câncer, a Calcarea
arsenicosa, usada de pâncreas e na nefrite, a Calcarea picrica, para
furúnculos repetidos e a Calcarea fluorioca, nos medos infundados de
ruína financeira, calázios, infecções purulentas do ouvido médio, no raquitismo
e na osteoporose.
DR.
SÉRGIO TEIXEIRA
Trecho
do Livro: Medicina Holística
A
Harmonia do Ser Humano
Vale a pena ler.
Homeopatas dos Pés Descalços