Para cada um, uma realidade,
Há os que correm durante semanas para que nada falte a ceia de Natal,
que hajam presentes e lembranças,
que a família se junte e que se reuna os amigos.
É bonito de se ver,
as luzes e a neve,
as cidades se vestem de branco, natural ou artificial,
de pisca pisca e vivem uma noite encantada. É Natal.
Há os que correm para salvar a vida, a comida e a família.
Esse é outro Natal, muito mais real, mas pouco lembrado, afinal de contas esse Natal não vende presentes.
Há o Natal da fome, onde 24 mil crianças morrem de fome em três messes,
mas a notícia já saiu da mídia.
Há sempre um apelo pelo Natal rico e pelo Natal dos que não tem Natal.
O Natal em meio a guerras, a fome e a um leito de hospital,
o Natal em meio a rua, a enchente, a catástrofe e a miséria.
Mas, há um outro Natal,
feito de opções, de ações e verdades,
que se instalam com o passar dos anos e com a
experiencia de cada um.
Esse é o nosso Natal.
Um tempo para agradecer as belezas visuais que o
homem pode fazer,
o brilho das portas, jardins e casas.
Um tempo para aceitar o que mudou, no calendário,
na vida e no coração de cada um de nós.
Um tempo de sonhar, de brincar, de matar as saudades e de entender as distancias.
Um tempo para aceitar as derrotas
e remodelar os valores para o mundo que queremos,
os valores que queremos pra nós mesmos.
Por isso desejamos a todos e a nós mesmas;
Ternura nos olhos,
garra nas conquistas,
dignidade nas posturas,
plenitude nas convivências,
sabedoria nos momentos de discórdia e muita,
muita capacidade e simplicidade para entender qual é
a hora pra mudar.
A hora de deixar o discurso anual e transformar palavras em ações.
Que possamos aprender juntos, cristãos ou não, o caminho do respeito e para que isso aconteça, ele deve começar primeiro dentro de cada um, pois é nesse mundo maravilhoso e restrito que se chama ser humano é que brotam todas as nossas mazelas e de onde nascem todos os nossos elixiris.
Desejamos um Natal verdadeiro e real,
na medida de cada um.
Homeopatas dos Pés Descalços