COM VOCÊS UM POUCO DE CHÁ.
O chá está classificado há um milênio entre as sete necessidades da vida cotidiana dos chineses.
No mesmo nível da lenha, do arroz, do óleo, do sal,
do molho de soja e do vinagre, e ele é claro: o chá.
CAMELLIA SINENSIS é uma espécie da família Theaceae, popularmente conhecida como chá. Foi originalmente descrita por Lineu como Thea sinensis, mas este nome caiu em desuso quando notou-se que os gêneros Thea e Camellia não apresentavam diferenças significativas entre si. Originária da China e da Índia, a planta do chá chega ao convívio dos Europeus no século XVII.
A Camellia tem predileção por grandes altitudes, climas quentes e chuvosos. É cultivada em países como Índia, China, Japão, Sri-Lanka e até mesmo aqui no Brasil. Do sabor do chá vem à variável de acordo com a região onde a Camellia se desenvolve e como as folhas são processadas. As árvores são podadas todo ano para que possibilite a colheita das folhas renovadas.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732006000200014&script=sci_arttext – um estudo interessante.
Os Chineses a designam por bebida imperial. Na fitoterapia são utilizadas nas dietas de emagrecimento as folhas e os botões do chá, não fermentados, para conservar a integralidade das substâncias ativas (polifenóis e carotenóides - antioxidantes).
Em vários restaurantes já se pode observar pratos elaborados a base desse chá e suas variáveis.
COSTELETAS DE PORCO COM CHÁ DE CAMELLIA.
No século VIII que o chá se estabelece na grande cultura chinesa, com o célebre Clássico do Chá, de Lu Yu (733-804), primeiro de uma longa série de tratados consagrados ao chá. E é ainda no século VIII que o ideograma «cha», caractere ainda hoje utilizado para designar o chá, se impõe. Os textos chineses indicam 5 mil anos de existência do chá na China.
Um pouco mais ... No que diz respeito ao chá, as primeiras fontes escritas que fazem referência de maneira indiscutível a esta planta remontam à dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C., aproximadamente). Uma destas fontes é o notável «Contrato com um servidor» (Tong yue), datado do ano 59 antes da nossa era, que descreve em detalhes as tarefas cotidianas de um empregado doméstico, inclusive a de comprar e preparar o chá. O chá tem então apenas pouco mais de 2 mil anos de história na China, e seriam necessários ainda alguns séculos antes que seu uso ganhasse a totalidade do país. Até o século III da nossa era, o chá parece essencialmente confinado à província atual do Sichuan, no sudoeste da China.
Eis a Lenda do Chá
A mais conhecida conta que a sua origem remonta desde há 5000 anos, na China, aquando do reinado do Imperador Sheng Nong, um governante justo e competente, amante das artes e da ciência e conhecido como o Curandeiro Divino. O Imperador, preocupado com as epidemias que devastavam o Império do Meio, decretou um edital que exigia que todas as pessoas fervessem a água antes de a consumirem.
Certo dia, quando o governador chinês passeava pelos seus jardins, pediu aos seus servidores que lhe fervessem água, enquanto descansava debaixo da sombra de uma árvore. Enquanto esperava que a água arrefece-se, algumas folhas vindas de uns arbustos caíram dentro do seu copo, atribuindo à água uma tonalidade acastanhada. O Imperador decidiu provar, surpreendendo-se com o sabor agradável. A partir deste momento ficou adepto do chá, induzindo o seu gosto ao seu povo.
Plantação de Camellia Sinensis - China
OUTRO TIPO DE CHÁ.
O chá do extrato e folha de papaia contém propriedades que combatem com grande poder os vários tipos de câncer e não deixa seqüelas de nenhuma toxidade, como ocorre com outras terapias, segundo uma pesquisa da Universidade da Flórida (UF) divulgada nesta terça-feira (9) de maio de 2010.
O pesquisador Nam Dang da UF e um grupo de cientistas japoneses documentaram os poderosos efeitos anticancerígenos da papaia sobre o câncer de útero, de mama, fígado, pulmão e pâncreas, através de testes em laboratório com uma ampla variedade de tumores.
Os pesquisadores utilizaram um extrato de folhas secas de papaia e os efeitos anticancerígenos eram mais fortes quando as células recebiam maiores doses de chá, disse a UF.
Pela primeira vez, um estudo comprovou que o extrato de folha de papaia estimula a produção de moléculas essenciais do tipo citoquinas Th1. Esta regulação do sistema imunológico, junto ao combate direto do tumor em vários tipos de câncer, sugerem possíveis estratégias terapêuticas utilizadas pelo sistema imunológico para combater o câncer, acrescentou a Universidade.
Além disso, o fato de o extrato de papaia não possuir nenhum efeito tóxico nas células normais evita uma conseqüência devastadora comum em muitas terapias anticancerígenas, indicou.
Os cientistas utilizaram dez tipos diferentes de células cancerígenas e as expuseram a quatro graus de concentração de extrato de papaia durante 24 horas, medindo seus efeitos após esse tempo. A concentração reduziu o crescimento dos tumores em todos os cultivos, segundo o estudo. A pesquisa também foi publicada na edição de fevereiro do Jornal de Etnofarmacologia, informou a UF.
(http://www.cozinhajaponesa.com.br/dieta-e-nutricao/index.php/pesquisa-diz-que-cha-de-papaia-possui-alto-poder-anticancerigeno ). CHÁ LEVADO A SÉRIO
Este livro contém pesquisa pormenorizada de livros clássicos sobre as principais fórmulas magistrais, com análise e fotos das ervas que compõem a fórmula. São 79 fórmulas, dentre as mais conhecidas e usadas na Fitoterapia Chinesa. Está organizado para ser de fácil compreensão e auxiliar o entendimento de todas as possibilidades de uma fórmula. É tesouro inigualável que a Dinastia Han nos legou - Fórmulas Magistrais da Dinastia Han. O Período dos Han (-206 +221) foi, na História da China, o marco fundamental da construção da tradição chinesa. Neste período, surgiram as principais fórmulas magistrais.
http://www.lojaflordelotus.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=515OUTRO ESTUDO, OUTRO CHÁ.
Os métodos de cura da tradicional medicina chinesa têm sido alvo de grande interesse de universidades e empresas de biotecnologia de países como os Estados Unidos. No centro das atenções estão as preparações à base de ervas, o principal componente de um sistema que inclui massagens, acupuntura e meditação entre seus recursos. Inicialmente, os pesquisadores querem identificar as substâncias medicinais presentes nessas plantas.
O passo seguinte será copiar as moléculas em laboratório, sintetizandoas, para criar medicamentos. Na semana passada, uma pesquisa da Universidade do Texas, nos EUA, revelou os mecanismos de ação de antigas fórmulas chinesas - muitas contendo até 25 ervas - ministradas a pessoas com doenças cardíacas. Após testá-las em animais, os especialistas descobriram a presença de compostos com capacidade de liberar óxido nítrico no organismo.
A substância é importante para o relaxamento do tecido fino que reveste os vasos sanguíneos, aumentando seu calibre e facilitando o fluxo sanguíneo. O composto também combate a formação de coágulos e placas que podem entupir as artérias. "Estudos devem ser feitos em humanos, particularmente naqueles com indicações cardíacas", disse Yong-Jian Geng, co-autor do trabalho. O combate ao alcoolismo e aos sintomas da endometriose, doença ginecológica que causa fortes dores pélvicas e que pode levar à infertilidade, está entre as qualidades do herbário oriental, recentemente comprovadas.
Em Pequim, profissional pesa ervas (acima) que serão combinadas em fórmulas
Contra a compulsão pela bebida, a estrela é a erva kudzu, trepadeira que dá uma bela flor arroxeada, conhecida como puerária. O extrato da planta induz a uma aversão ao álcool, sentido enquanto a pessoa bebe e também depois. Isso ajuda a prevenir as recaídas que acometem cerca de 80% dos pacientes no período de um ano.
A daidzina, substância da planta responsável por esse efeito, foi avaliada em ratos. Agora passará por exames de toxicidade e será testada em humanos. "Se o composto for seguro, acredito que a maioria dos médicos não hesitará em prescrevê- lo", disse Ivan Diamond, autor do estudo e vice-presidente da Gilead, uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo.
Uma revisão assinada pela organização internacional Cochrane, especializada na análise de pesquisas científicas, concluiu que as ervas chinesas causam menos efeitos colaterais no tratamento de endometriose.
O trabalho analisou dois estudos envolvendo158 mulheres. As ervas aliviaram os sintomas da mesma forma que o hormônio gestrinona, usado no tratamento. Mas não desencadearam desconfortos associados ao remédio, como fogachos e aumento de peso.
Também ficou demonstrada a ação das plantas até mais intensa do que outro hormônio utilizado, o danazol. "Os resultados sugerem que as plantas chinesas podem ser tão eficientes como alguns tratamentos convencionais para mulheres que sofrem de endometriose. Porém, mais estudos são necessários", afirma Andrew Flower, da Unidade de Pesquisa em Medicina Complementar da Universidade de Southampton, no Reino Unido.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/27688/1/O-Poder-das-Ervas-Chinesas/pagina1.html#ixzz1H0xFQxeD – Daniel Machado.
PARA MULHERES
Uso etnomedicinal do chá de Morus nigra L. no tratamento dos sintomas do climatério de mulheres de Muriaé, Minas Gerais, Brasil
Mariza Abreu Miranda, Glauciemar Del-Vechio Vieira, Maria Silvana Alves, Célia Hitomi Yamamoto, José de Jesus Ribeiro Gomes de Pinho, Orlando Vieira de Sousa
Resumo
Morus nigra L. (Moraceae), conhecida como amoreira, é usada popularmente, entre outros fins medicinais, para reposição hormonal. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso do chá de M. nigra no tratamento dos sintomas do climatério. A pesquisa se baseou na aplicação de um questionário semi-estruturado em mulheres residentes em Muriaé, Minas Gerais, que utilizavam chá de amoreiras. A análise quantitativa foi determinada pela concordância de uso popular corrigida (CUPc). As características das mulheres entrevistadas foram: faixa etária de 32 a 61 anos, 50% donas de casa, 80% católicas, 40% com ensino fundamental incompleto e 50% haviam tido menopausa. Além de outros fins medicinais, 90% das mulheres usavam o chá de amoreira para amenizar sintomas do climatério, resultando em uma CUPc de 90%. As amigas (60%) e os médicos (20%) foram as principais fontes de recomendação do uso do chá nas formas de infusão (70%) ou de decocção (30%), com variação de dosagem e de aprazamento. Gases, aumento do apetite e diurese foram os efeitos adversos relatados, sendo que 40% das mulheres já tinham feito terapia hormonal para alívio dos sintomas do climatério. Os resultados confirmam a utilização do chá de M. nigra no tratamento de sintomas do climatério, apresentando um alto consenso de informação.
Graças que o chá tem saído da ignorância e alcançado as pesquisas, muitos laboratórios estudam cada vez mais o uso natural dessa especiaria. A ignorancia só se combate a luz do conhecimento. Vamos torcer para mais e mais pesquisas, só assim medicamentos mais baratos e com menos efeitos colaterais poderão estar disponíveis nas prateleiras e nos quintais dos que mais precisam de alívio para as muitas mazelas pela qual passam milhares de pessoas em todo o mundo.
Aceita um chá?
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