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BROMO, CADMIO E CÁLCIO NA VISÃO DO DR. ROBERTO TEIXEIRA.






Bromo
 
Seu nome quer dizer mau cheiro. Descoberto em 1826 nas águas das salinas, é um líquido fumegante, vermelho e cáustico, de odor repugnante. Como todos os halogênios (nome que significa "formadores de sais"), é um elemento claramente não metálico e altamente ativo por possuir sete elétrons em sua órbita externa. 

Os halogênios encontram-se na natureza em vários estados físicos: o flúor e o cloro são gases; o iodo e o astatínio são sólidos; e o bromo é o único elemento, além do mercúrio, que é líquido à temperatura ambiente. Todos eles são venenosos, corrosivos e poderosos agentes bactericidas. 

O bromo é usado amplamente sob a forma de brometos de amônio, de potássio e de sódio em produtos farmacêuticos, no pão (para torná-lo crocante) e em sedativos; de bromato de potássio em salões de beleza para alisamento a frio; de brometo de metila como agente de refrigeração, em extintores de incêndio e desinfetantes; de brometo de xilol e bromoacetofenona nos gases lacrimogêneos; associado à uréia em hipnóticos, sedativos e tranqüilizantes; e muitas outras formas, cada uma delas pode provocar, em caso de intoxicação, diferentes manifestações.

Provoca dureza e aumento dos gânglios, sensação de uma pedra no estômago, gastrite que melhora ao comer, rouquidão e tosse semelhante à da coqueluche, com sensação de frio ao inspirar, asma inspiratória pior em lugares de clima seco, dor nos testículos, tumores duros nos seios com dores em fisgadas, principalmente do lado esquerdo, flatos vaginais, cistos ovarianos, insônia, sonambulismo, terrores noturnos e sono agitado, ataxia cerebral, acne e pústulas nas costas e face; bócio, apatia e perda de memória, soluço persistente e psoríase.

A homeopatia utiliza o Bromium em potências diversas como antídoto desse elemento, mas envenenamentos agudos podem exigir medidas urgentes de pronto-socorro.

Cádmio

O cádmio, cujo nome vem do grego kadmia (terra), apresenta-se na natureza junto como zinco, mas também se combina com o enxofre no brilhante sulfeto de cádmio, muito popular entre os pintores. Descoberto em 1817 nos minerais greenockta (CdS) e a esfalerita (ZnS). Os minérios de zinco contêm cerca de 0,2 a 0,3 por cento de cádmio, o que ocorre em porcentagem menor nos minérios de cobre e chumbo.

O cádmio é usado em muitas ligas metálicas, algumas delas em joalheria, com níquel, prata, cobre e ouro; em soldas, com chumbo; em pilhas e reatores atômicos. Assemelha-se ao zinco em suas características químicas e por isso participa de algumas metaloproteínas do organismo. A concentração do cádmio no córtex da glândula supra-renal é superior à de todos os outros órgãos, e talvez isso eleve a produção de adrenalina e leve a reações intempestivas.

Sua carência no organismo talvez explique o hábito de fumar, pois a nicotina também estimula a produção de adrenalina quando falta o cádmio suficiente, o que permite ao usuário do cigarro enfrentar suas responsabilidades. Indústrias diversas jogaram 50 mil toneladas de lama contendo cádmio e zinco na baía de Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro, contaminando toda a flora marinha e exterminando a indústria pesqueira local.
O cádmio causa náuseas, vômitos negros e diarréia em pequenas quantidades. A intoxicação aguda causa dor de cabeça, perfuração do septo nasal, edema pulmonar agudo, gosto metálico, estado de choque de extrema prostração com muito frio.

Nas intoxicações agudas pelo cádmio não é recomendado o EDTA (agente quelante da medicina ortomolecular), que agrava o quadro crônico, mas o NTA (ácido nitrilotriacético). Em homeopatia usa-se o Cadmium em diferentes potências para retirá-lo do organismo.

A intoxicação crônica ataca os rins, causando perda de proteínas, cálculos renais e desmineralização óssea. Forma-se um anel amarelo em volta dos dentes das pessoas intoxicadas, que também perdem o olfato. Surgem pólipos internos no nariz com cheiro fétido, suor doce que atrai moscas, opacificação da córnea, paralisia facial. 

O câncer de próstata é outro aspecto negativo provocado pelo cádmio, que também provoca hipertensão, toxemia gravídica, redução das defesas imunológicas e da produção de insulina. Algumas crianças com dislexia (dificuldade de aprendizado) têm 25 vezes mais cádmio do que as crianças normais.
O cádmio em excesso reduz os níveis do cobre, enxofre, ferro, fósforo, selênio e zinco no organismo, mas o oposto também ocorre: esses elementos, quando aumentados, o fazem descer.

Cálcio

Encontrado nos ossos e nos dentes, o cálcio foi descoberto em 1808; promove a saúde cardiovascular, alivia a insônia e favorece as características sexuais masculinas. Sua deficiência causa raquitismo, osteoporose, cáries dentárias, câncer de cólon e reto e perda de sono. Está presente nas algas marinhas e na alfafa em grande quantidade, nos queijos suíços, provolone e parmesão, assim como na couve, nabo, melado, lêvedo, salsa, leite de cabra, tofu, figos secos, creme de leite, iogurte, beterraba e etc. 

Faz parte de diversos medicamentos destinados a estimular o apetite e o crescimento das crianças e a tratar sua deficiência nos idosos, muitas vezes causada pela elevação do fósforo nessas pessoas. Sua proporção com o magnésio é aproximadamente 8:1; o desvio dessa proporção representa tendência a osteoporose e doença periodontal. Mas os cabelos brancos são uma característica genética e nessas pessoas o cálcio e o magnésio estão diminuídos nos cabelos cerca de 15 por cento. Essa redução também ocorre nas crianças autistas. As mulheres também têm menos cálcio nos cabelos, porém mais magnésio.
O consumo excessivo de remédios ou alimentos que contêm cálcio causa suores ácidos na cabeça, assaduras, brotoejas, obesidade concentrada no abdome, nas costas e nos braços, bursite, tártaro dentário e cálculos renais. O excesso de cálcio também causa ansiedade e medo do futuro. 

O cálcio e o magnésio estão aumentados nos cabelos nos portadores de certas doenças como câncer, arteriosclerose, hipoglicemia, psoríase na pele, insuficiência renal, mieloma múltiplo, sarcoidose, hipervitaminose D, longos períodos de imobilização etc. Esse deslocamento do cálcio dos ossos e dentes geralmente é produzido pelo excesso de alumínio, arsênico, cádmio, chumbo, ferro, fósforo, magnésio, manganês ou zinco e provoca fraqueza muscular, anorexia, dores ósseas e fraturas espontâneas (osteoporose), característica das pessoas idosas. A falta do boro também causa a perda de cálcio e magnésio.

Recomendam-se até 1.200 mg diários de cálcio para pessoas carentes. Na homeopatia utiliza-se o cálcio sob várias formas, seja para colocá-lo no organismo, como a Calcarea acética, usada para reduzir as dores excruciantes do câncer, a Calcarea arsenicosa, usada de pâncreas e na nefrite, a Calcarea picrica, para furúnculos repetidos e a Calcarea fluorioca, nos medos infundados de ruína financeira, calázios, infecções purulentas do ouvido médio, no raquitismo e na osteoporose. 

DR. SÉRGIO TEIXEIRA
Trecho do Livro: Medicina Holística
A Harmonia do Ser Humano

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